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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

AS PEDRAS DE MÓ

As Pedras de Mó


Deuteronômio 24: 6 – “Não se tomarão em penhor as mós ambas, nem mesmo a mó de cima, pois se penhoraria assim a vida”.


INTRODUÇÃO – Na Palestina e países vizinhos, o moinho era uma máquina simples, porém indispensável. Era formada por duas pedras redondas sobrepostas, geralmente feitas de basalto. A pedra inferior era ligeiramente convexa e armada com um pino no centro, que servia de eixo para que a pedra de cima girasse sobre ela. A pedra que ficava em cima era côncava pelo lado de baixo, formando uma caixa com a pedra inferior e tinha uma abertura circular no centro, por onde se despejavam os grãos e onde entrava o pino da pedra inferior. Perto da circunferência existia uma manivela de madeira que servia para faze-la girar com a mão. A farinha saía pela circunferência da pedra inferior e era recolhida por uma vasilha apropriada. Com a farinha se podia fazer pães e bolos, que eram alimentos básicos das famílias. Todo lar na Palestina possuía o seu próprio moinho e o seu sustento dependia diretamente dele, por isso as pedras de mós não poderiam ser penhoradas em hipótese alguma, pois esta atitude colocaria em risco a própria vida daquela família. Nem ainda a mó de cima poderia ser penhorada, pois o moinho só funcionava com as duas pedras juntas, e na falta de uma delas não havia a produção da farinha e do alimento.

1. A Pedra de Mó de Baixo – Tipifica a Revelação do Senhor Jesus no Velho Testamento através da Lei e dos Profetas. Era a parte fixa do moinho, apontando para o caráter imutável da Lei (Mt 5: 17); para sua condição de base da revelação que seria dada mais tarde pelo Espírito Santo(Heb 8: 5). Era o fundamento dos Apóstolos e Profetas (Ef 2: 20). A mó de baixo sozinha não tinha função, ela precisava da mó de cima (Heb 7: 19).

2. A Pedra de Mó de Cima – Tipifica a Revelação do Senhor Jesus no Novo Testamento, a dispensação da Graça revelada pelo Espírito Santo. Era a parte móvel do moinho, indicando a dinâmica da graça e da Obra de Jesus para todos os povos (At 17: 3 e Rom 4: 16). A mó de cima com sua função rotativa era quem produzia a farinha usada como alimento. Foi através da graça que alcançamos a revelação que nos alimenta e vivifica (Rom 5: 1, 2).

3. A Manivela de Madeira – Tipifica o homem que é chamado para participar da graça de Deus e nela é introduzido (Rom 5: 2). Para ser usada a manivela tinha que estar bem firme e aprumada na mó. Se estivesse inclinada ou frouxa, poderia quebrar, e neste caso, tinha que ser substituída por outra. O homem para ser usado na Obra precisa estar firme, definido e de pé diante do Senhor (Col 2: 6, 7), se ele falhar será removido, pois o homem é substituível (At 1: 23-26). Muitas vezes a manivela se desgastava na parte que ficava dentro da mó, que não era visível, e neste caso precisava ser trocada por outra. Os problemas do homem, seu desgaste e envelhecimento espiritual, começam no coração e na mente (Pv 4: 23).

4. A Mão que realiza o trabalho – Fala dos ministérios na vida do homem, é aquilo que o Senhor lhe concede para que possa realizar sua Obra (Ef 4: 11, 12). A força que faz girar a mó é o Poder de Deus nos ministérios, que põe ritmo à Obra. Quanto mais poder, mais dinâmica a Obra será e maior a quantidade de alimento produzido (II Co 3: 5, 6). A mão só poderia girar a mó numa direção e os ministérios só podem atuar na direção do Espírito Santo (At 16: 6). A mão não poderia apertar demais a manivela, pois se feriria e encheria de calos. Também não poderia afrouxar demais, pois assim o trabalho não seria realizado. O ministério precisa realizar a Obra com equilíbrio e temperança, isto é, com sabedoria (II Tim 2: 15).

5. A Semente – É a Palavra de Deus. Não se come semente com casca e sim moída. A Palavra na letra não alimenta nossa vida espiritual, mas a revelação nos transforma e nos dá vida (II Co 3: 6). As pedras de mó não funcionavam sem a semente, pois travavam nas ranhuras internas. Sem o conhecimento da Palavra não há revelação e a Obra se torna estática (II Tim 4: 13, 15, 16). A semente é uma fonte de energia para os que se alimentam dela, da mesma forma a Palavra de Deus alimenta e fortalece nossa vida espiritual (Mt 4: 4).

6. O Moer a Semente – É o buscar a revelação, é o meditar diariamente na Palavra em busca do alimento, da revelação (Sl 119: 97). A ausência do barulho das mós nas casas era sinal de desolação e morte (Ecl 12: 3; Jer 25: 10 e Ap 18: 22). Importa na nossa vida nunca parar de moer a semente, isto é, de meditar na Palavra. Se isso acontecer, é sinal de decadência e enfraquecimento espiritual.

7. CONCLUSÃO – A revelação do Senhor Jesus no nosso coração é a razão da nossa vida. É através de sua Palavra revelada pelo Espírito Santo que alcançamos a vida e o crescimento espiritual, quando nos alimentamos dela. O Senhor nos chamou do mundo, do pecado e das religiões para participarmos de todas estas bênçãos e nós não podemos permitir que ninguém a tome de nós, nem tampouco podemos trocar tudo isso por coisas deste mundo (política, prazeres, coisas materiais, etc.), pois assim estaríamos penhorando a vida, a salvação e a eternidade (Luc 17: 2). As coisas deste mundo são passageiras, mas a Obra do Senhor é eterna (I Jo 2: 17).



PENHORAR = Dar em garantia
PENHORA = Execução judicial do penhor



A ARCA NOS OMBROS DOS SACERDOTE

A ARCA NOS OMBROS DO SACERDOTE


 “Fez também Bezalel a arca de madeira de acácia; o seu comprimento era de dois côvados e meio, a sua largura de um côvado e meio, e a sua altura de um côvado e meio. Cobriu-a de ouro puro por dentro e por fora, fez-lhe uma moldura de ouro ao redor, e fundiu-lhe quatro argolas de ouro nos seus quatro cantos, duas argolas num lado e duas no outro.
Também fez varais de madeira de acácia, e os cobriu de ouro; e meteu os varais pelas argolas aos lados da arca, para se levar a arca.” (Êx 37:1-5)

A arca é um elemento do Tabernáculo. É considerada como o trabalho de maior relevância feito para representar a presença de Deus em meio ao Seu povo. Os sinais encontrados na arca representam ministérios e apontam para o profético e o messiânico.

1. A Vara de Arão

“Sucedeu, pois, que no dia seguinte, Moisés entrou na tenda do testemunho, e eis que a vara de Arão, pela casa de Levi, florescia; porque produzira flores e brotara renovos e dera amêndoas.” (Nm 17:8)

O galho que floresceu dentro da arca é um sinal de que a Palavra se cumpre a seu tempo e que ela não deixa de florescer, ainda que estejamos em um deserto. É também a restituição da voz profética. Nosso crédito profético será restituído. Quando falarmos nas células, na equipe dos 12, macrocélulas, etc, todos receberão do mover e dirão: ‘o meu líder profetizou na minha vida e assim será', porque o nosso crédito profético está sendo restituído.

A vara de Arão significa ainda o tempo de florescer em todas as estações. A amendoeira é a única árvore que ultrapassa as estações comuns. No inverno, ela está florescendo e no verão dá o fruto. Quando entra na primavera, ela ainda está frutificando.

Deus está dizendo hoje: ‘vou apressar os seus passos para a conquista que está chegando no seu ministério'. A amendoeira sinaliza um tempo profético. Segundo alguns estudiosos, a amendoeira é a única árvore frutífera que vence o inverno, que começa a brotar antes de qualquer árvore, que ultrapassa o tempo da colheita comum e, quando para muitas árvores a colheita está se encerrando, para a amendoeira, ela está anunciando os novos frutos.

Você é uma amendoeira. Isso significa que o seu ministério sempre frutificará e diante da colheita você sempre terá a perspectiva de outros frutos que aparecerão. Esse é o tempo, essa é a unção devolvida quando a arca volta para o ombro do sacerdote. A nossa colheita será abundante. Colheremos em tempo e em fora de tempo!

2. A Tábua da Lei

“E Moisés esteve ali com o Senhor quarenta dias e quarenta noites; não comeu pão, nem bebeu água, e escreveu nas tábuas as palavras da aliança, os dez mandamentos.” (Êx 34:28)

A tábua da lei fala da restituição dos princípios. A tábua da lei é um sinal de que os princípios de Deus não podem ser quebrados. Moisés sobe ao Sinai por duas vezes. Em uma das vezes, ele se irritou com o povo e quebrou as tábuas da lei, os princípios. Moisés teve que subir novamente ao Sinai, para escrever os princípios de volta, os mandamentos. Ele havia pecado tanto quanto o povo (Ex 32:19; 34:1-3).

Deus passou 40 dias escrevendo os mandamentos e, num instante, Moisés quebrou a tábua da lei. Moisés foi o primeiro homem que, literalmente, quebrou os princípios, lançou-os no chão, por causa da sua ira.

Não somos diferentes de Moisés. Muitas vezes, na hora da ira, quebramos muitos princípios. Esquecemo-nos de que somos uma arca e de que não devemos jogar a tábua da lei fora. A tábua da lei é um sinal de que os princípios de Deus não podem ser quebrados, pois são a base de toda ética social, através da qual o homem, além de honrar a Deus, honra a si mesmo e ao seu próximo. Essa tríade de honra: a Deus, a si mesmo e ao próximo, revela cumprimento de princípios.

O Senhor restituirá, nessa unção dos princípios, a nossa honra. No lugar da vergonha, o Senhor nos dará honra dupla (Is 61:7). Essa tríade precisa ser considerada, os princípios precisam ser guardados e vividos, pois eles são a base para o equilíbrio de toda a humanidade. Onde há cumprimento de princípios, a presença de Deus traz respaldo e extirpa toda dor. Quando a arca é resgatada, a unção da devolução dos princípios também vem sobre as nossas vidas. Essa unção é uma palavra revelada, como vida para o nosso espírito.

Como podemos crer numa unção que esteja fora da Palavra e uma palavra que esteja fora da unção? Há pessoas com a palavra fora da unção, usando apenas o carisma natural, que, apesar de ser bom, não constrói ministério. Um ministério para ser construído precisa ter a sua base na unção da Palavra. É a unção que faz a diferença na vida e no ministério do líder.

3. O Maná

“Eles, pois, colhiam o maná a cada manhã, cada um conforme ao que podia comer; porque, aquecendo o sol, derretia-se.” (Ex 16:22)

O maná fala da restituição da provisão e do suprimento. O povo hebreu andava debaixo de uma ordem e, como sinal, recebia a comida do Trono. Eles passaram 40 anos no deserto sem shoppings, sapatarias, padarias, supermercados... nada. Eles iam crescendo e o sapato ia crescendo junto (Dt 8:4). É Deus quem cuida do Seu povo quando este está no deserto.

Você entrará em um nível de prosperidade, porque este Deus lhe trará restituição. É o maná do Trono. É uma unção verdadeira, é um sinal de que as nossas dificuldades e os nossos desertos estão encerrados, o Senhor jamais desamparará o Seu povo, pois quem andou com Ele 40 anos não teve necessidade alguma.

Estamos falando de milagres de restituição. Alguém ser restituído é voltar a ter o crédito sem ser cobrado o passado, pois a nossa geração tem enfrentado desertos diferentes, mas o Senhor tem guardado e suprido o Seu povo, trazendo suprimento de prosperidade advindo pela obediência da caminhada em um propósito. Isso está dentro da arca.

Quem perde a visão da arca perde a provisão. A prosperidade não é resultado da força do braço, é militar debaixo do propósito divino. É por isso que muitos não prosperaram. Devemos saber onde investimos; se há retorno, é investimento, se não, é gasto.

Muitas pessoas querem a prosperidade como recompensa de seu trabalho. A prosperidade é um sinal de aliança. Prospera quem faz aliança com quem é próspero. É um resultado de obediência à Palavra, pela qual estamos sendo restituídos, porque o Senhor, em meio ao deserto, tem sido o grande provedor. Creio que a provisão virá para a sua vida, como sinal de Deus para esse propósito, porque estamos recebendo uma visão correta: o lugar certo da arca.

Esses elementos indicam e apontam para um ministério que poderá fazer toda a diferença nessa guerra de histórias e descréditos que muitos passam. Devolver a arca para os ombros do sacerdote é uma chamada profética que nos levará a uma responsabilidade individual e um maior cuidado conosco mesmos. Assim, não permitiremos que o adversário mine a nossa base.

Para a arca ser movida, havia algumas exigências feitas apelo próprio Senhor. “Davi fez para si casas na cidade de Davi; também preparou um lugar para a arca de Deus, e armou-lhe uma tenda.” (II Cr 15:1) A presença da arca é segurança para o povo e ameaça para o inimigo (I Sm 4 a 17).

1. Presença de Deus

Este era o objetivo da arca: tirar uma geração do deserto, trazer a geração para a terra da promessa. A arca era o sinal vivo da presença de Deus, para que o povo se sentisse seguro que o Senhor estava, de fato, no meio da multidão. Jesus é a arca viva, que vive dentro de nós na pessoa do Seu Espírito e faz com que a Sua graça nos motive a atrair as multidões à Sua presença (Nm 10:33-36).

2. Segurança para o Povo

A arca, quando era movida, trazia segurança para o povo e, ao fazer os atos proféticos, a glória de Deus se manifestava (Js 3:3-5). Vemos também que há promessa quando somos a arca em operação, que rodeia as cidades. O Senhor logra êxito por intermédio do seu povo.

Esse é um tempo que precisamos saber que somos a arca de Deus em operação para manifestar a glória do Senhor nas nossas conquistas (Js 6 11). A arca foi fator fundamental nessa caminhada, como presença e promessa de Deus para derrubar as muralhas, para resgatar Raabe e para trazer segurança ao povo. Era a aprovação de que Deus queria consertar a cidade e gerar uma nova situação. Somos chamados para esse ato profético e Deus nos usará como arca dEle para mudarmos o histórico das nossas cidades e, conseqüentemente, da nossa nação.

3. Lembrança da promessa

A arca trazia uma segurança que o povo estava firme com a presença de Deus e Suas promessas eram lembradas com intensidade. Cada crente, nascido de novo, deverá saber que é o transporte da glória de Deus. Hoje a arca não está diante dos nossos olhos, pois já teriam feito idolatrias e peregrinações. O fundamental nisso tudo é saber que somos esse transporte maravilhoso, e Yeshua é a arca viva que está no meio do Trono (Ap 11:19). A arca está diante do Trono, pois nada no céu é maior que o nosso Deus.

Quando a arca sai da presença do povo de Deus há tristeza, luto, morte, e guerra (I Sm 4:12-22. A arca é o sinal que o inimigo não cercará o nosso território e que estaremos seguros na presença do Deus de Israel).

A arca simboliza proteção para uma nação, proteção para uma família, proteção para o sacerdote, proteção para o ministério.

A arca nos ombros do sacerdote significa que a unção sacerdotal e a unção profética serão restauradas. Quando isso acontecer, um novo mover entrará na nação, na família e no ministério. Hoje, de direito e de fato, a arca de Deus voltará para os ombros do Seu povo. Jesus é a nossa arca. O respeito e a valorização pelos princípios serão devolvidos. Não vamos transferir para outros a responsabilidade – que na verdade é um privilégio – de carregar a arca, pois o Senhor tem confiado essa bênção a você e a mim.

Hoje você entrará numa restituição jamais vista. Profetizo a proteção do Senhor sobre sua nação, família, sacerdócio e ministério, porque quem volta para a arca recebe a visão correta e o ministério floresce. É tempo de frutificar!



terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

ARRANCANDO A CAPA


A CAPA DE BARTIMEU
“LEIA ESTA MENSAGEM, ELA IRÁ LHE MOSTRAR ALGO QUE COM CERTEZA VOCÊ PRECISA SABER, PARA EDIFICAR SUA VIDA”.


TEXTO: Marcos – 10:46 a 51
46. Depois chegaram a Jericó. E, ao sair ele de Jericó com seus discípulos e uma grande multidão, estava sentado junto do caminho um mendigo cego, Bartimeu filho de Timeu.
47. Este, quando ouviu que era Jesus, o nazareno, começou a clamar, dizendo: Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim!
48. E muitos o repreendiam, para que se calasse; mas ele clamava ainda mais: Filho de Davi tem compaixão de mim.
49. Parou, pois, Jesus e disse: Chamai-o. E chamaram o cego, dizendo-lhe: Tem bom ânimo; levanta-te, ele te chama.
50. Nisto, lançando de si a sua capa, de um salto se levantou e foi ter com Jesus.
51. Perguntou-lhe o cego: Que queres que te faça? Respondeu-lhe o cego: Mestre, que eu veja.
52. Disse-lhe Jesus: Vai, a tua fé te salvou. E imediatamente recuperou a vista, e foi seguindo pelo caminho.

1) INTRODUÇÃO

        Esta é uma mensagem que com certeza o amado irmão leitor já ouviu algum profeta de Deus pregar, e de várias formas e de vários ângulos esta mensagem já chegou até você, eu apenas gostaria de trazer uma palavra que me foi mostrada neste contexto e com certeza ela, a Palavra de Deus fará a diferença em sua vida.

        Eu denominei esta mensagem de A CAPA DE BARTIMEU, porque é sobre a capa que o contexto central desta mensagem falará.

        A Bíblia é um celeiro infinito de mensagens, uma fonte inesgotável da Palavra de Deus, e a vida desse mendigo, cego, andarilho, sujo, pobre, pedinte, chamado Bartimeu, filho de Timeu, irá nos mostrar uma verdade que mudará a sua vida, seja como cristão ou não, você com certeza receberá esta palavra como a verdade de Deus para sua vida e que esta verdade divina seja para cada um de nós um alicerce, sustentando nossas vidas espirituais.

        Bartimeu foi um homem que muito nos ensinou através de sua atitude na presença do Senhor Jesus e através de sua situação de vida. O que quero lhe mostrar é a mais pura verdade em que nós vivemos.

2) A VIDA DE BARTIMEU

        O texto diz que saindo Jesus de Jericó uma grande multidão lhe acompanhava, eram os moradores daquela cidade que estavam ainda felizes com os milagres que o mestre tinha feito, que não foram escritos na Bíblia conforme João nos relata (Jo.21:25). O interessante é que Jericó era uma cidade maldita (Js.6:18), pois a ordem de Deus era para Josué não tocar em nada daquela cidade pois era anátema, ou seja, maldito, então foi Jericó destruída, que tristeza habitar em uma cidade maldita, era lá que Bartimeu nasceu e cresceu. Cresceu pobre, e cego, pois sua família não podia pagar um guia para ele, então Bartimeu foi ser pedinte, e a vida dele era ser humilhado, maltratado, insultado, ninguém se importa com um mendigo.

        A verdade é que nem o próprio mendigo se preocupa consigo mesmo, verdade é que se você perguntar a um deles qual o seu projeto de vida, com certeza ele não terá, e com bartimeu não era diferente, sem contar que ele era cego.

        Muitos em nosso meio estão como Bartimeu, sem projeto, sem sonhos, sem esperança, vivendo uma vida miserável espiritualmente, não tendo visão do amanhã. Bartimeu sabia de sua situação, sabia quem ele era e o que ele era, por isso meu amado cristão, não despreze seu irmão que aparenta estar sofrendo, ele pode necessitar de sua ajuda. Note que Bartimeu era cego e ficava à beira do caminho, com certeza ele precisava de ajuda de algum outro mendigo para ir até a beira do caminho que ficava fora da cidade para pedir dinheiro ou comida, ou qualquer outra coisa. É triste, mas a beira do caminho não é lugar de se ficar, somente mendigos sentam a beira do caminho, pois eles não eram aceitos no interior da cidade onde vivem os fariseus e os escribas.

        Mendigo, cego, pobre, pedinte, rejeitado pela família, que nasceu e viveu em uma cidade maldita, proibido de viver no meio da sociedade da época, que vida mais desgraçada era a de Bartimeu, talvez se fosse outro já teria se suicidado, mas ele não. Eu creio que Bartimeu não era uma pessoa infeliz, frustrada, amarga, embora tivesse toda razão para isso, mas sinceramente creio ser ele um homem positivo e esperançoso, talvez fosse essa razão que o levou a ficar gritando para o Filho de Davi.

        Ainda tenho fé que Bartimeu tivera alguma informação sobre Jesus e creu naquilo que lhe contaram, pois a Bíblia relata que ele gritava: “JESUS, FILHO DE DAVI, TEM COMPAIXÃO DE MIM”, isso nos mostra que ele sabia com quem estava falando.

Que lição de vida esse pobre homem nos ensina, talvez essa é a atitude que nós não temos tomado diante dos problemas da vida, e ao invés de acreditarmos e lutarmos, sendo esperançosos, pois a vida desse homem é excepcional, pois logo que ele ouviu que era Jesus que passava pelo local ele não duvidou em seu coração de que Jesus seria a solução de seus problemas, então como eu acredito que Bartimeu conhecia a fama de Jesus, ele apela para aquilo que Jesus mais tem, COMPAIXÃO.

Uma das coisas que mais me chama a atenção e a sabedoria de Bartimeu em apelar para aquilo que de certa forma seria o ponto fraco de Jesus, se é que posso dizer assim. Bartimeu diz “...TEM MISERICÓRDIA DE MIM”, como que Jesus não atenderia tão grande apelação. Aquele que outrora era desprezado, humilhado cego, sujo, mendigo, pedinte, pobre, desgraçado, nascido em uma cidade maldita, estava próximo de alcançar um milagre que iria mudar a sua vida por completo, mas Bartimeu mesmo cego vê que ainda faltava uma coisa, talvez a mais importante, que se não fosse resolvida poderia estragar o milagre, o impossibilitando de receber a benção.

É aqui que eu quero chegar, o ponto chave na visão de um cego.

3) A CAPA DE BARTIMEU

        Talvez você já tenha visto um mendigo pelas ruas da sua cidade, ou talvez tenha visto pela televisão, mas no Brasil  dificilmente você não tenha visto um mendigo com seus próprios olhos, pois até os telejornais mostram que no Brasil tem gente que até põe fogo em mendigos que estão dormindo pelas ruas. Mas eu vou refrescar sua memória, e com certeza você irá concordar comigo.

        Um mendigo anda pelas ruas sem lembranças sólidas, pensando somente no agora, ele já não valoriza mais seu próprio corpo, pois já não se importa com banhos, cortes de cabelos ou com se barbear, seja homem ou mulher, eles se embriagam, procuram tocos de cigarro pelo chão, restos de comida pelos lixos. E por serem pessoas assim, acabam por repelir as pessoas, pois causam rejeição de todos, tenho certeza que você nunca perguntou a um mendigo quem ele é, ou qual o seu nome, ou mesmo se ele tem família ou uma profissão. Os mendigos estão em baixo das pontes, viadutos ou marquises, procurando um lugar para abrigarem do frio ou da chuva, trazem consigo todo tipo de coisa, que para nós é puro lixo, e se agarram naquilo, pois é o pouco que eles têm para sobreviverem.

        De tudo que um mendigo traz consigo, o que ele mais se apega é a um pedaço de pano sujo, um trapo que ele usa como cobertor nas madrugas de frio, e nos dias de inverno, que durante as horas de caminhada você a verá nas costas do mendigo, sendo usada como UMA CAPA.

        Era essa capa que viram em Bartimeu, suja, mal cheirosa, podre, encardida. Bartimeu levava uma consigo, como todo mendigo. O interessante que as coisas que chamam atenção, só as chamam por dois motivos, primeiro por serem coisas belas aos olhos, ou segundo por serem terríveis aos olhos, e a capa de Bartimeu se enquadra na segunda opção, era uma capa terrivelmente horrível, e Bartimeu viu a necessidade de se livrar dela para ir até a Jesus, pois ele em um momento espiritual nos revela algo sobrenatural.

4) CONCLUSÃO

        Essa capa horrível e mal cheirosa de Bartimeu representa o pecado, o medo, os vícios, a idolatria, o mal, tudo de ruim na vida de uma pessoa, aquilo que por ser horrível nos separa de Deus, leia (Is-59:02), nos deixa impedidos de sermos abençoados. Por isso quero te dizer uma coisa, tenha a visão de Bartimeu que mesmo sendo cego, teve a inteligência, a sabedoria de se desfazer de sua capa suja, para se aproximar do Mestre, pois numa revelação do Espírito Santo, se Bartimeu viesse a Jesus com a capa com certeza não receberia o milagre, pois embora mesmo sem tomar banho, sem cortar seus cabelos, ou fazer sua barba, ele se atreveu a se apresentar a Jesus. Isso me mostra que Jesus te recebe com seus defeitos, suas maneiras erradas, suas ignorâncias, mas seus pecados devem ficar para trás, pois o Senhor não tem parte com o pecado.

        Amados, desfaça de sua capa suja, jogue ela fora e corra para os braços de Jesus, Ele quer fazer um milagre em sua vida, pois a pergunta já foi feita a você:

O QUE QUERES QUE TE FAÇA? Então Bartimeu pediu aquilo que ele mais queria, VER.!


AS 95 TESES DE MARTINHO LUTERO

As 95 Teses de Lutero

[Essas teses foram afixadas na porta da igreja do Castelo de Wittenberg a 1o de outubro de 1517. Era esse o modo usual de se anunciar uma disputa, instituição regular da vida universitária e não havia nada de dramático no ato. Lutero confiava receber o apoio do papa pelo fato de revelar os males do tráfico das indulgências.]

Uma disputa do Mestre Martinho Lutero, teólogo, para elucidação da virtude das indulgências.

Com um desejo ardente de trazer a verdade à luz, as seguintes teses serão defendidas em Wittenberg sob a presidência do Rev. Frei Martinho Lutero, Mestre de Artes, Mestre de Sagrada Teologia e Professor oficial da mesma. Ele, portanto, pede que todos os que não puderem estar presentes e disputar com ele verbalmente, o façam por escrito. Em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo. Amém.

            1. Nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo em dizendo “Arrependei-vos, etc.), afirmava que toda a vida dos fiéis deve ser uma ato de arrependimento.
            2. Essa declaração não pode ser entendida como o sacramento da penitência (i. e., confissão e absolvição) que é administrado pelo sacerdócio.
            3. Contudo, não pretende falar unicamente de arrependimento interior; pelo contrário, o arrependimento interior é vão se não produz externamente diferentes espécies de mortificação da carne.
            4. Assim, permanece a penitência enquanto permanece o ódio de si (i. e., verdadeira penitência interior), a saber, o caminho reto para entrar no reino dos céus.
            5. O papa não tem o desejo nem o poder de perdoar quaisquer penas, exceto aquelas que ele impôs por sua própria vontade ou segundo a vontade dos cânones.
            6. O papa não tem o poder de perdoar culpa a não ser declarando ou confirmando que ela foi perdoada por Deus; ou, certamente, perdoado os casos que lhe são reservados. Se ele deixasse de observar essas limitações a culpa permaneceria.
            7. Deus não perdoa a culpa de ninguém sem sujeitá-lo à humilhação sob todos os aspectos perante o sacerdote, vigário de Deus.
            8. Os cânones da penitência são impostas unicamente sobre os vivos e nada deveria ser imposta aos mortos segundo eles.
            9. Por isto o Espírito Santo nos beneficia através do papa, mas sempre faz exceção de seus decretos no caso da iminência da morte e da necessidade.
            10. Os sacerdotes que no caso de morte reservam penas canônicas para o purgatório agem ignorante e incorretamente.
            11. Esta cizânia que se refere à mudança de penas canônicas em penas no purgatório certamente foi semeada enquanto os bispos dormiam.
            12. As penitências canônicas eram impostas antigamente não depois da absolvição, mas antes dela, como prova de verdadeira contrição.
            13. Os moribundos pagam todas as suas dívidas por meio de sua morte e já estão mortos para as leis dos cânones, estando livres de sua jurisdição.
            14. Qualquer deficiência em saúde espiritual ou e amor por parte de um homem moribundo deve trazer consigo temor, e quanto maior for a deficiência maior deverá ser o temor.
            15. Esse temor e esse terror bastam por si mesmos para produzir as penas do purgatório, sem qualquer outra coisa, pois estão pouco distante do terror do desespero.
               16. Com efeito, a diferença entre Inferno, Purgatório e Céu parece ser a mesma que há entre desespero, quase-desespero e confiança.
            17. Parece certo que para as almas do purgatório o amor cresce na proporção em que diminui o terror.
            18. Não parece estar provado, quer por argumentos quer pelas Escrituras, que essas almas estão impedidas de ganhar méritos ou de aumentar o amor.
            19. Nem parece estar provado que elas estão seguras e confiantes de sua bem-aventurança, ou, pelo menos, que todas o estejam, embora possamos estar seguros disso.
            20. O papa pela remissão plenária de todas as penas não quer dizer a remissão de todas as penas em sentido absoluto, mas somente das que foram impostas por ele mesmo.
            21. Por isto estão em erro os pregadores de indulgências que dizem ficar um homem livre de todas as penas mediante as indulgências do papa.
            22. Pois para as almas do purgatório ele não perdoa penas a que estavam obrigadas a pagar nesta vida, segundo os cânones.
            23. Se é possível conceder remissão completa das penas a alguém, é certo que somente pode ser concedida ao mais perfeito; isto quer dizer, a muito poucos.
            24. Daí segue-se que a maior parte do povo está sendo enganada por essas promessas indiscriminadas e liberais de libertação das penas.
            25. O mesmo poder sobre o purgatório que o papa possui em geral, é possuído pelo bispo e pároco de cada dioceses ou paróquia.
            26. O papa faz bem em conceder remissão às almas não pelo poder das chaves (poder que ele não possui), mas através da intercessão.
            27. Os que afirmam que uma alma voa diretamente para fora (do purgatório) quando uma moeda soa na caixa das coletas, estão pregando uma invenção humana (hominem praedicant).
            28. É certo que quando uma moeda soa, cresce a ganância e a avareza; mas a intercessão (suffragium) da Igreja está unicamente na vontade de Deus.
            29. Quem pode saber se todas as almas do purgatório desejam ser resgatadas? (Que se pense na história contada a respeito de São Severino e São Pascoal).
            30. Ninguém está seguro na verdade de sua contrição; muito menos de que se seguirá a remissão plenária.
            31. Um homem que verdadeiramente compra suas indulgências é tão raro como um verdadeiro penitente, isto é, muito raro.
            32. Aqueles que se julgam seguros da salvação em razão de suas cartas de perdão serão condenados para sempre juntamente com seus mestres.
            33. Devemos guardar-nos particularmente daqueles que afirmam que esses perdões do papa são o dom inestimável de Deus pelo qual o homem é reconciliado com Deus.
            34. Porque essas concessões de perdão só se aplicam às penitências da satisfação sacramental que foram estabelecidas pelos homens.
            35. Os que ensinam que a contrição não é necessária para obter redenção ou indulgência, estão pregando doutrinas incompatíveis com o cristão.
            36. Qualquer cristão que está verdadeiramente contrito tem remissão plenária tanto da pena como da culpa, que são suas dívidas, mesmo sem uma carta de perdão.
            37. Qualquer cristão verdadeiro, vivo ou morto, participa de todos os benefícios de Cristo e da Igreja, que são dons de Deus, mesmo sem cartas de perdão.
            38. Contudo, o perdão distribuído pelo papa não deve ser desprezado, pois – como disse – é uma declaração da remissão divina.
            39. É muito difícil, mesmo para os teólogos mais sábios, dar ênfase na pregação pública simultaneamente ao benefício representado pelos indulgências e à necessidade da verdadeira contrição.
            40. Verdadeira contrição exige penitência e a aceita com amor; mas o benefício das indulgências relaxa a penitência e produz ódio a ela. Tal é pelo menos sua tendência.
            41. Os perdões apostólicos devem ser pregados com cuidado para que o povo não suponha que eles são mais importantes que outros atos de amor.
            42. Deve ensinar-se aos cristãos que não é intenção do papa que se considera a compra dos perdões em pé de igualdade com as obras de misericórdia.
            43. Deve ensinar-se aos cristãos que dar aos pobres ou emprestar aos necessitados é melhor obra que comprar perdões.
            44. Por causa das obras do amor o amor é aumentado e o homem progride no bem; enquanto que pelos perdões não há progresso na bondade mas simplesmente maior liberdade de penas.
            45. Deve ensinar-se aos cristãos que um homem que vê um irmão em necessidade e passa a seu lado para dar o seu dinheiro na compra dos perdões, merece não a indulgência do papa, mas a indignação de Deus.
            46. Deve ensinar-se aos cristãos que – a não ser que haja grande abundância de bens – são obrigados a guardar o que é necessário para seus próprios lares e de modo algum gastar seus bens na compra de perdões.
            47. Deve ensinar-se aos cristãos que a compra de perdões é matéria de livre escolha e não de mandamento.
            48. Deve ensinar-se aos cristãos que, ao conceder perdões, o papa tem mais desejo (como tem mais necessidade) de oração devota em seu favor do que de dinheiro contado.
            49. Deve ensinar-se aos cristãos que os perdões do papa são úteis se não se põe confiança neles, mas que são enormemente prejudiciais quando por causa deles se perde o temor de Deus.
            50. Deve ensinar-se aos cristãos que, se o papa conhecesse as exações praticadas pelos pregadores de indulgências, ele preferiria que a basílica de São Pedro fosse reduzida a cinzas a construí-la com a pele, a carne e os ossos de suas ovelhas.
            51. Deve ensinar-se aos cristãos que o papa – como é de seu dever – desejaria dar os seus próprios bens aos pobres homens de quem certos vendedores de perdões extorquem o dinheiro; que para este fim ele venderia – se fosse possível – a basílica de São Pedro.
            52. Confiança na salvação por causa de cartas de perdões é vã, mesmo que o comissário, e até mesmo o próprio papa, empenhasse sua alma como garantia.
            53. São inimigos de Cristo e do povo os que em razão da pregação das indulgências exigiam que a palavra de Deus seja silenciada em outras igrejas.
            54. Comete-se uma injustiça para com a palavra de Deus se no mesmo sermão se concede tempo igual, ou mais longo, às indulgências do que a palavra de Deus.
            55. A intenção do papa deve ser esta: se a concessão dos perdões – que é matéria de pouca importância – é celebrada pelo toque de um sino, como uma procissão e com uma cerimônia, então o Evangelho – que é a coisa mais importante – deve ser pregado com o acompanhamento de cem sinos, de cem procissões e de cem cerimônias.
            56. Os tesouros da Igreja – de onde o papa tira as indulgências – não estão suficientemente esclarecidos nem conhecidos entre o povo de Cristo.
            57. É pelo menos claro que não são tesouros temporais, porque não estão amplamente espalhados mas somente colecionados pelos numerosos vendedores de indulgências.
            58. Nem são os méritos de Cristo ou dos santos, porque esses, sem o auxílio do papa, operam a graça do homem interior e a crucificação, morte e descida ao inferno do homem exterior.
            59. São Lourenço disse que os pobres são os tesouros da Igreja, mas falando assim estava usando a linguagem de seu tempo.
            60. Sem violências dizemos que as chaves da Igreja, dadas por mérito de Cristo, são esses tesouros.
            61. Porque é claro que para a remissão das penas e a absolvição de casos (especiais) é suficiente o poder do papa.
            62. O verdadeiro tesouro da Igreja é o sacrossento Evangelho da glória e da graça de Deus.
            63. Mas este é merecidamente o mais odiado, visto que torna o primeiro último.
            64. Por outro lado, os tesouros das indulgências são merecidamente muito populares, visto que fazem do último primeiro
            65. Assim os tesouros do Evangelho são redes com que desde a Antigüidade se pescam homens de bens.
            66. Os tesouros das indulgências são redes com que agora se pescam os bens dos homens.
            67. As indulgências, conforme declarações dos que as pregam, são as maiores graças; mas “maiores” se deve entender como rendas que produzem.
            68. Com efeito, são de pequeno valor quando comparadas com a graça de Deus e a piedade da cruz.
            69. Bispos e párocos são obrigados a admitir os comissários dos perdões apostólicos com toda a reverência.
            70. Mas estão mais obrigados a aplicar seus olhos e ouvidos à tarefa de tornar seguro que não pregam as invenções de sua própria imaginação em vez de comissão do papa.
            71. Se qualquer um falar contra a verdade dos perdões apostólicos que sejam anátema e amaldiçoado.
            72. Mas bem-aventurado é aquele que luta contra a dissoluta e desordenada pregação dos vencedores de perdões.
            73. Assim como o papa justamente investe contra aqueles que de qualquer modo agem em detrimento do negócio dos perdões.
            74. Tanto mais é sua intenção investir contra aqueles que, sob o pretexto dos perdões, agem em detrimento do santo amor e verdade.
            75. Afirmar que os perdões papais têm tanto poder que podem absolver mesmo um homem que – para aduzir uma coisa impossível – tivesse violado a mão de Deus, é delirar como um lunático.
            76. Dizemos ao contrário, que os perdões papais não podem tirar o menor dos pecados veniais no que tange à culpa.
            77. Dizer que nem mesmo São Pedro e o papa, não podia dar graças maiores, é uma blasfêmia contra São Pedro e o papa.
            78. Dizemos contra isto que qualquer papa, mesmo São Pedro, tem maiores graças que essas, a saber, o Evangelho, as virtudes, as graças da administração (ou da cura), etc. como em 1 Co 12.
            79. É blasfêmia dizer que a cruz adornada com as armas papais tem os mesmos efeitos que a cruz de Cristo.
            80. Bispos, párocos e teólogos que permitem que tal doutrina seja pregada ao povo deverão prestar contas.
            81. Essa licenciosa pregação dos perdões torna difícil, mesmo a pessoas estudadas, defender a honra do papa contra a calúnia, ou pelo menos contra as perguntas capciosas dos leigos.
            82. Esses perguntam: Por que o papa não esvazia o purgatório por um santíssimo ato de amor e das grandes necessidades das almas; isto não seria a mais justa das causas visto que ele resgata um número infinito de almas por causa do sórdido dinheiro dado para a edificação de uma basílica que é uma causa bem trivial?
            83. Por que continuam os réquiens e os aniversários dos defuntos e ele não restitui os benefícios feitos em seu favor, ou deixa que sejam restituídos, visto que é coisa errada orar pelos redimidos?
            84. Que misericórdia de Deus e do papa é essa de conceder a uma pessoa ímpia e hostil a certeza, por pagamento de dinheiro, de uma alma pia em amizade com Deus, enquanto não resgata por amor espontâneo uma alma que é pia e amada, estando ela em necessidade?
            85. Os cânones penitenciais foram revogados de há muito e estão mortos de fato e por desuso. Por que então ainda se concedem dispensas deles por meio de indulgências em troca de dinheiro, como se ainda estivesse em plena força?
            86. As riquezas do papa hoje em dia excedem muito às dos mais ricos Crassos; não pode ele então construir uma basílica de São Pedro com seu próprio dinheiro, em vez de fazê-lo com o dinheiro dos fiéis?
            87. O que o papa perdoa ou dispensa àqueles que pela perfeita contradição têm direito à remissão e dispensa plenária?
            88. Não receberia a Igreja um bem muito maior se o papa fizesse cem vezes por dia o que agora faz uma única vez, isto é, distribuir essas remissões e dispensas a cada um dos fiéis?
            89. Se o papa busca pelos seus perdões antes a salvação das almas do que dinheiro, por que suspende ele cartas e perdões anteriormente concedidos, visto que são igualmente eficazes?
            90. Abafar esses estudos argumentos dos fiéis apelando simplesmente para a autoridade papal em vez de esclarecê-los mediante uma resposta racional, é expor a Igreja e o papa ao ridículo dos inimigos e tornar os cristãos infelizes.
            91. Se os perdões fossem pregados segundo o espírito e a intenção do papa seria fácil resolver todas essas questões; antes, nem surgiriam.
            92. Portanto, que se retirem todos os profetas que dizem ao povo de Cristo: “paz, paz”, e não há paz.
            93. E adeus a todos os profetas que dizem ao povo de Cristo: “a cruz, a cruz”, e não há cruz.
            94. Os cristãos devem ser exortados a esforçar-se em seguir a Cristo, sua cabeça, através de sofrimentos, mortes e infernos.

            95. E que eles confiem entrar no céu antes passando por muitas tribulações do que por meio da confiança da paz.

A ARCA DE NOE ENCONTRADA

A ARCA DE NOÉ

A busca pela Arca de Noé tem recebido atenção internacional nas últimas duas décadas. Dezenas de expedições à região do Ararate na Turquia Oriental, a maioria das quais compostos por grupos cristãos norte-americanos, têm gerado numerosas afirmações - sem no entanto prova alguma.



Concepção artística da Arca de Noé baseada em informações bíblicas e relatórios sobre achados no Monte Ararate.
De acordo com a Bíblia, a Arca de Noé era uma grande barcaça construída de madeira e impermeabilizada com betume. Suas dimensões eram aproximadamente 450 pés de comprimento, 75 pés de largura e 45 pés de altura com três andares interiores. Aparentemente, uma "janela" foi construída ao seu teto. (Gênesis 6:14-16). As dimensões da Arca tornam-a a maior embarcação marítima conhecida existente antes do século XX e suas proporções são surpreendemente semelhantes às encontradas nos grandes transatlânticos atuais.
A Bíblia diz que o barco de Noé repousou sobre "os montes de Ararate" (Gênesis 8:4). "Ararate" provavelmente se refere uma região (o antigo reino de Urartu) e não um monte específico. Após a saída de Noé e sua família para a montanha, o barco virtualmente desapareceu das páginas da Bíblia. Os escritores bíblicos que vieram posteriormente nunca deram indicativos de que soubessem que a Arca ainda podia ser vista.


O monte atualmente denominado "Ararate" é semelhante a uma cadeia com dois picos gêmeos. É muito interessante observar que existem diversas referências no decorrer da história que relatam sobre um grande barco em uma montanha nesta região. As mais antigas referências (início do século III D.C) sugerem que era de conhecimento geral que a Arca ainda podia ser vista no Monte Ararate.

Reportes durante o século passado envolvem visitas à embarcação, coleta de madeira e fotografias aéreas. Em geral, acredita-se que pelo menos uma parte da Arca ainda está intacta, não no pico mais alto, mas em algum lugar acima do nível dos 10.000 pés. Aparentemente encoberta por neve e gelo na maior parte do ano, apenas em alguns verões quentes a estrutura pode ser localizada e visitada. Algumas pessoas dizem terem andado no seu teto, outras terem andado na parte interna.
Nos anos 80, a "arca-logia" obteve certo ar de respeitabilidade com a participação ativa do ex-astronauta da NASA James Irwin em expedições à montanha. Além disso, as investigações sobre a Arca também foram aceleradas com a dissolução da União Soviética, pois a montanha estava justamente na fronteira entre União Soviética e Turquia. As expedições à montanha eram consideradas como uma ameaça à segurança pelo governo soviético.
Infelizmente, visitas posteriores aos locais descritos não produziram evidências adicionais, o paradeiro revelado pelas fotografias é atualmente uma incógnita e as diferentes visões não indicam o mesmo local. Além disso, o astronauta James Irwin faleceu, uma testemunha visual recentemente se retratou publicamente e existem poucas novas expedições à montanha nos anos 90.
Porém ainda existem alguns esforços. Mesmo considerando que a Associates for Biblical Research não está direcionada para qualquer um destes esforços, temos pesquisado documentos antigos, procurado por relatos de testemunhas visuais e renovado esforços para mapear o local de repouso da Arca. Existem ainda muitas expedições pendentes. Se realmente estiver lá, certamente saberemos.


Comentários Adicionais


Devido a um popular filme de Hollywood apresentado em 1976 ("In Search of Noah's Ark - Em Busca da Arca de Noé"), muitas pessoas ainda têm a impressão que a Arca de Noé foi definitivamente encontrada. Um item particularmente memorável para as pessoas era uma fotografia espacial confusa de algo que se acreditava ser a Arca. Expedições posteriores provaram que o objeto era simplesmente uma grande formação rochosa.
Nos anos de 1980 e 90, muitos foram enganados por estórias de notícias televisivas ou divulgadas em artigos nos jornais alegando que a Arca tinha sido encontrada em local completamente diferente. Os relatos referiam-se a uma estrutura em forma de barco a 15 milhas do Monte Ararate. Infelizmente, foram divulgados diversos testemunhos exagerados sobre este local, frequentemente denominado Local de Durupinar. Através de pesquisas geológicas extensivas, utilização de radar de terreno e dados de análise de formações terrestres, patrocinadas internacionalmente por um anestesista americano denominado Ron Wyatt, confirmou-se sem margem a dúvidas de que a estranha formação é uma característica geológica comum na região do Ararate. Não é a Arca de Noé.




segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

A CRUZ TROCADA

A CRUZ TROCADA
Um cristão carregava sua cruz resignadamente quando avistou uma “Fábrica de Cruzes”. Entrou na loja da fábrica e perguntou:
- Vocês aceitariam a minha cruz à base de troca? É uma boa cruz, mas, já não estou mais agüentando o seu peso.
- Sem problemas, meu amigo. Escolha à vontade.
Passou, então, a experimentar várias cruzes, mas, nenhuma delas lhe agradava. Reclamava de todas:
- Essa é muito grande!
- Essa é muito longa!
- Essa é muito feia!
- Essa é muito mais pesada que a minha!
- Essa é muito áspera!
- Essa é muito fedida!
- Essa é muito...
Por horas, ele revirou a loja inteira, mas, justamente quando o vendedor estava quase perdendo a paciência, finalmente ele encontrou uma cruz de que gostou. Parecia ter sido feito sob medida para ele.
- Vou ficar com essa. Então, quanto lhe devo?
- Você não me deve nada, meu amigo. Nessa confusão toda, o senhor acabou escolhendo a sua própria cruz.


Se alguém quer vir após mim,
negue-se a si mesmo,
tome cada dia a sua cruz, e siga-me.

Lucas 9.23
Autor: Desconhecido
Enviado pelo colaborador: Wilson B. Vasconcelos


AS EGUAS DO CARRO DE FARAÓ

As Éguas dos Carros de Faraó.


 
As Éguas dos Carros de Faraó

“As éguas dos carros de Faraó te comparo, ó querida minha”
(Cantares 1:9)


1 . Introdução
O livro de Cântico dos Cânticos foi escrito pelo famoso Rei-Poeta Salomão, filho de Davi.
Salomão, nos diz as Sagradas Escrituras, casou-se com uma mulher egípcia, ou melhor uma princesa. (Vide I Re.3:1)

“Salomão aparentou-se com Faraó, rei do Egito, pois tomou por mulher a filha dele; e a trouxe a cidade de Davi, até que acabasse de edificar a sua casa...”

Salomão veio a desposar aquela donzela e assim podemos ficar sabendo que ele, constantemente, visitava o Egito e foi lá, com certeza, que ele ficou conhecendo as éguas tão famosas que conduziam os carros de Faraó.
Anos mais tarde quando escrevia o seu mais belo Cântico dos 1005 que compôs, o então jovem Salomão, rememorando suas viagens aos estábulos do seu sogro, quem sabe em Pitom ou Ramessés ou outra cidade do delta do Nilo, recordava-se daqueles lindos animais, tão estimados pelo Governante do Egito - as éguas da carruagem de Faraó.
A história informa-nos que o Egito e a cidade de Coa, na Cilícia, eram os grandes exportadores de cavalos, principalmente os de raça nobre. Heródoto chega a afirmar que a Cilícia era o haras do mundo antigo.
Em I Reis 10:28-29 encontramos uma alusão aos preços praticados naquela época:

“Os cavalos que Salomao tinha eram trazidos do Egito e de Coa; os mercadores do rei os recebiam de Coa por preço determinado. E subia e saía um carro do Egito por 600 siclos de prata e um cavalo por 150 siclos...”

As carruagens de Faraó eram puxadas por 4 animais e naquela época eram chamadas “quadrigas”.
Salomão, com certeza, nos seus passeios quando estava enamorado da filha de Faraó, havia andado e talvez até conduzido uma daquelas quadrigas de seu futuro sogro.
No tempo de Salomão os cavalos de batalha e os carros de combate eram também importantes artigos de comércio e Israel possuía um verdadeiro monopólio desses artigos.
Quando Salomão escreveu o livro de Cantares ele comparou sua amada a uma daquelas éguas, e cremos que ele tinha em mente um daqueles quatro, vez que os conhecia bem.
Mas parece inacreditável que Salomão, mesmo tendo em suas cidades grande número de carros e de cavaleiros, cerca de 1500 carros e 12 mil cavaleiros, ainda desejasse possuir em seus estábulos uma daquelas éguas.
As éguas de Faraó eram tão conhecidas no mundo antigo e tão bem tratadas que tornaram-se símbolos do que de melhor havia na época.
Se um cavalo de combate valia na época 150 siclos ou Shequel de prata, uma daquelas quatro éguas da quadriga de Faraó valeria no mínimo o dobro, para não falar em triplo ou quádruplo.
Poderíamos perguntar: - qual seria a razão do Espírito Santo em colocar esta referência no livro de Cantares? E é exatamente isto que passaremos a verificar.

2. A Guemátria
A guemátria é a ciência que se dedica ao estudo dos números na Bíblia. Todas as Escrituras Sagradas está impregnada desta disciplina.
Vejamos o que temos neste estudo.
O vocábulo hebraico para  [ SUSAH ], que é formado pelas seguintes letras e seus valoress2wash“égua” é =  guemátricos:
 Samer = 60Ø
 Vav = 06Ø
 Samer = 60Ø
 Hê = 05Ø
o Totalizando: 60 + 6 + 60 + 5 = 131.
Este número é muito significativo, pois é um número primo, ou seja, só divide por si mesmo e pela unidade.
Aqui temos a simbologia da dualidade espiritual: a igreja e seu esposo, Jesus.
Se somarmos os seus algarismos achamos = 1 + 3 + 1 = 5.
Dentro da guemátria o nº 5 é o número da “responsabilidade”.
Podemos formar os seguintes números com o número 131:
11, 13, 31.
O 13 (treze) é o nº do “amor”, no hebraico  = [ ‘ahabhah ]; o nº 31 (trinta e um) é o nº de “Deus”, pelo vocábuloa)ahabh = [ ‘el ]. )lhebraico = 
O 11 (onze) é o nº de Ido, o vidente da corte nos dias de Salomão, conforme II Crônicas 9:29. O vocábulo hebraico “Ido” vertido quer dizer “adornado”.
Veja que impressionante, até nos números a Bíblia é veraz e contundente nos seus ensinamentos: A igreja (tipo da égua) está sendo adornada por Deus, via Espírito Santo, em amor.
A palavra hebraica usada aqui no texto para “éguas” é um “hapax legomena”, ou seja, só ocorre uma única vez em todo o texto sagrado do Velho Testamento.


3. As 7 características das Éguas de Faraó

Podemos iniciar, adiantando que aquelas éguas de Faraó tinham 7 qualidades que as projetavam como as melhores do reino do Egito.

1ª - LOCAL
A 1ª destas qualidades é o local onde elas eram colocadas ou onde viviam - o haras de Faraó.
Aquelas éguas não eram criadas soltas ou livres, mas confinadas dentro de uma baia, onde recebiam todos os cuidados necessários ao bom desempenho nas batalhas.
A igreja é tipificada aqui por uma daquelas éguas pois também ela tem um tratamento preferencial neste mundo.
Assim como aquelas éguas não podiam fazer o que queriam, assim também os servos que formam a Igreja invisível pelejam limitados pela ação do Consolador, que orienta e edifica.
Faraó aqui simboliza o dono, o comprador, aquele que adquiriu, e este é o tipo de Jesus, que nos comprou e por isso somos escravos seus, pertencentes para sempre ao Senhor.
A Obra do Espírito que é realizada no seio da Igreja não pode ser confundida com religião ou denominação ou movimento, assim como aquelas éguas não eram confundidas em todo o reino do Egito, aonde quer que elas andassem todos sabiam que aquela quadriga era a do grande Faraó.
A Igreja tem recebido tratamento diferenciado neste mundo, enquanto as religiões estão comendo capim seco, cada um fazendo o que intenta (soltas no pasto = mundo); a noiva do Senhor, a amada, está escondida, confinada na baia do Espírito Santo; comendo do maná celestial.


2ª - ÉGUAS DE RAÇA - TÊM PEDIGREE
A segunda característica daqueles animais era a raça, pois eram Hititas, de Coa. Se fosse hoje, elas seriam manga-largas ou Campolinas, etc.
Aquelas éguas não eram éguas quaisquer, vindas da Palestina, da Síria ou do Líbano, mas éguas de raça nobre, da famosa cidade de Coa, por isso Hititas (povo que habitava o País).
A Igreja também tem qualidade, tem estirpe; ela não vem de qualquer profeta do passado ou de um grande pensador, mas suas raízes estão em Jesus Cristo, o filho de Deus.
Os servos que compõem a Igreja são homens de caracteres definidos e certos de suas posições e procedimentos neste mundo de tantas concupiscências.
Servos negligentes, despreparados não servem para esta peleja, ou seja para combater as hostes inimigas.
Temos encontrado muitos servos sem pedigree no meio pentecostal ou tradicional, pessoas que não têm fibra ou garra para conseguirem seus desejos ou atingirem seus objetivos nesta caminhada, e são estes que constantemente estão ficando para trás na jornada da vida.


3ª - ÉGUAS ADESTRADAS
As éguas e cavalos que chegavam de Coa eram separados e aí então começava o adestramento, período que compreendia um ano ou mais de intensivos testes e provas para então passarem a puxar o carro de Faraó.
O treinamento era duro e muitos animais morriam. Durante um ano de treinamento, segundo historiadores da época, de um lote de 20 animais somente de 5 a 10 conseguiam chegar ao fim.
Havia campos de batalha montados com toda sorte de obstáculos e dificuldades que um dia podiam ser encontrados numa peleja real, de modo que os animais eram bastante forçados nas provas.
A Igreja também tem sido provada neste mundo (o campo de provas) com toda sorte de obstáculos e embaraços.
Salomão comparou sua amada (igreja-noiva) com uma daquelas éguas que recebia adestramento no Egito e da mesma forma os servos de Jesus são preparados nesta vida para um dia gozarem nos céus com o Criador.
Servos sem treinamento não conseguem pelejar ou, se chegam até o campo de batalha são facilmente atingidos e caem por terra, perdendo a batalha contra o pecado e o pai da mentira.
A Bíblia afirma que é motivo de grande gozo para o servo de Deus passar por várias provações e tribulações, pois o resultado é mais perseverança. (Tiago 1:2,3).
Servo sem adestramento, não sai do lugar, fica sempre sentado no banco da Igreja, mas não tem experiência com Deus, nem com o Espirito Santo, nem conhece as armas espirituais dadas por Jesus.
Égua sem treino nunca ia puxar carro de Faraó; servo sem provação nunca vai poder levar adiante os carros da Salvação descritos em Habacuque 3:8.
Quantos servos despreparados em nossas Igrejas atualmente!!! Não sabem nem os livros da Bíblia, quanto mais o que é fé, salvação, dons espirituais, etc.



4ª - ÉGUAS BEM ALIMENTADAS
Aquelas éguas de Faraó não comiam capim verde ou seco, nem fubá ou milho; mas sim feno, cevada, centeio - alimentos nutritivos e com as calorias certas para o preparo de todos os músculos do animal.
Enquanto no pasto, livres, os outros animais comiam o que bem entendiam e quando queriam, as éguas de Faraó tinham horário certo para alimentação e também para treinamento.
Aquelas águas recebiam alimentação balanceada, certa, preparada para atender as suas deficiências nutritivas. Elas comiam o que era necessário para um preparo impecável e um desempenho pleno de todas as suas potencialidades numa peleja ou combate.
Elas não comiam só o que era saboroso ou delicioso, mas sim o que era preciso para seu preparo, fosse um alimento gostoso ou não, a prioridade era o resultado e não o sabor.
A Igreja também está sendo preparada recebendo só alimento espiritual, celestial; são bênçãos sobre bênçãos para que os servos fiéis possam ir adiante neste combate contra a carne.
Enquanto a tradição tem comido capim seco, quando acha, na Obra do Espírito o servo saboreia o nutritivo maná do céu, ou então as saborosas codornizes enviadas pelo próprio Deus.
Servo mal alimentado não agüenta ou suporta a peleja contra a carne, vez que é atraído pelo mundo e suas farturas, indo por terra. Mas o servo que tem participado dos banquetes patrocinados pelo Consolador está totalmente capacitado para a guerra contra as hostes celestiais do inimigo.
A noiva de Salomão, a Sulamita, foi comparada a uma daquelas éguas por se bem alimentada materialmente, e a Igreja é a noiva espiritual que atende a toda determinação do mordomo (Espírito Santo), que a prepara para o arrebatamento.
Enquanto em algumas seitas e movimentos as pessoas só comem determinados alimentos (só cura divina, só expulsa demônios, etc.), na Obra do Espírito temos toda sorte de alimentos (dons, curas, batismos, profecias, etc.


5ª - ÉGUAS REPRODUTORAS
Além de exímias corredoras aquelas éguas também davam crias de primeira qualidade, uma vez cruzada com animais de 1ª linha.
Diz o ditado que “filho de peixe é peixinho”, assim sendo, se aquelas éguas eram excelentes as suas crias com certeza também o seriam.
De ano em ano uma era separada para a reprodução e assim ficava fora dos combates e pelejas, durante outro ano, enquanto o potrinho estava novo.
Faraó sempre tinha em seus estábulos crias das suas éguas e eram estas crias que no futuro substituíram os animais mais velhos nos carros de combate.
A Igreja (a noiva) precisa ser uma boa reprodutora, pois só assim a Obra do Espírito atingirá todo o mundo. Mas para a Igreja ser uma boa reprodutora os servos que a compõem tem que ganhar novas vidas para o Evangelho crescer e então o Noivo voltará.
Os servos devem ser como as cabras de Gileade descritos no cap. 4:2, onde diz que:
“Cada uma tem gêmeos e nenhuma é desfilhada...”
Muitas denominações por aí estão estéreis, não reproduzindo e além do mais matando os seus membros com proibições tolas e arbitrárias.


6ª - ÉGUAS OBEDIENTES
Durante o período em que passavam pelo treinamento aquelas éguas aprendiam a obedecer, obedecer e obedecer, fosse qual fosse a situação, fosse o local que fosse, a ordem em suas mentes era obedecer.
O grande sucesso que faziam estava aqui, na aprendizagem da obediência. Todo o povo egípcio sabia que aquelas éguas acatavam o comando que chegava do seu condutor.
Todavia para aprenderem a obedecer elas sofriam muito, muito mesmo; mas ao final do adestramento estavam aptas para somente obedecerem.
A Igreja do Senhor, a noiva, tem também aprendido que para colocar Deus em primeiro lugar só com estrita obediência.
Em I Samuel 15:22 encontramos esta ordem:
“Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar,
e o atender, do que a gordura de carneiros”.
O povo que obedece sempre triunfa na batalha vez que o Senhor é quem comanda a guerra, outrossim quando o servo resolve fazer o que ele acha em detrimento das ordens do Senhor, sempre é mal sucedido.
Aquelas éguas aprendiam a obedecer;assim também o servo tem que aprender a obedecer para progredir na sua vida espiritual, do contrário fica paralisado, sempre frágil aos ataques do adversário.
Diz alguém que no mundo o alfabeto é a, b, c, d enquanto que na Obra do Espírito é o, b, d, c.
A noiva deve obedecer às orientações do seu noivo, pois ele anseia logo buscá-la e para tanto só andar em obediência.


7ª - ÉGUAS QUE SEMPRE AVANÇAVAM
A última característica daquelas fenomenais éguas era a impetuosidade, ou seja, elas nunca retrocediam independentemente da situação, sempre avançavam.
A história natural nos relata que dentre os animais de tração a égua é a mais ousada, sobrepondo-se ao cavalo, tão usado na peleja no passado.
Faraó sabia deste detalhe e por isso preferiu contar em sua quadriga com éguas, pois elas não o deixariam na mão, como não o deixaram no dia da fuga do povo hebreu 15 de abib, quando Moisés saía como o povo e adentrou no Mar Vermelho. A quadriga de Faraó avançou mar adentro e quando Moisés bateu a vara do outro lado e o mar voltou ao seu normal, as éguas debateram-se nas águas salgadas daquele mar e só pararam porque morreram afogadas, se não nadariam e chegariam do outro lado.
Esta característica é sem dúvida a principal de todas elas, e a Igreja distingue-se de outras sociedades por isso mesmo; os seus membros, (os servos fiéis) nunca retrocedem, mas sempre avançam.
O verdadeiro servo é aquele que apesar das lutas e dificuldades continua prosseguindo para o alvo da soberana vocação em Cristo Jesus.
Temos encontrado pessoas que caminham enquanto tudo está indo bem, enquanto o céu está azul, mas tão logo sopre o primeiro vento e uma nuvem cubra o céu, estas pessoas voltam ou param.
Na Obra do Espírito, como o próprio nome já diz, o condutor é o Paráclito e se ele diz: - avante - , aos servos só resta avançar e sempre !!!
A Igreja vive os seus últimos dias nesta terra e é chegada a hora dos servos militantes comportarem-se como aquelas éguas do carro de Faraó, que estavam sempre prontas para a peleja!!!

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